Sancionada pelo presidente Michel Temer em agosto de 2018, a Lei Geral de Proteção de Dados (ou LGDP) eleva a um novo patamar o cuidado com as informações pessoais da população brasileira.
Com um conceito semelhante ao GDPR (a versão europeia da lei em questão), ela passa a garantir maior segurança jurídica a empresas e consumidores diante de maior transparência no tratamento de dados coletados tanto em meios presenciais quanto em meios digitais.
Com isso, as pequenas empresas (e também as médias e grandes) agora devem redobrar seus cuidados no manuseio das informações de seus clientes, sob o risco de serem penalizados pela nova lei. Abaixo, confira como os empreendedores devem se precaver para que não ocorram problemas com o uso indevido desses dados.
Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) para empreendedores
Precauções
Antes de mais nada, as empresas deverão ter cuidado redobrado com a coleta, armazenamento e processamento de dados pessoais como nome, endereço, identidade, localização, endereço IP, cookies e também dados sensíveis, como origem racial ou étnica, convicções religiosas, opiniões políticas, dados referentes à saúde ou à vida sexual, dados genéticos ou biométricos.
Prazo da LGPD
Com a LGPD sancionada, as empresas terão o prazo de 18 meses para adequar processos e controles a fim de garantir a segurança dos dados. Isso porque a nova lei prevê multas de até 2% do faturamento – ou R$ 50 milhões – em casos de vazamentos de dados ou outros descumprimentos.
As empresas também serão beneficiadas
Maior segurança jurídica
A lei unifica todas as regras relacionadas à privacidade no país. Além disso, sua criação é essencial para manter o mercado brasileiro “na mesma página” que outros mercados do mundo. Cada vez mais leis específicas para a proteção de dados pessoais estão sendo criadas globalmente, e por isso tornou-se fundamental que o Brasil se adaptasse à essa nova tendência também.
Melhor relacionamento com os clientes
Com a necessidade de explicar exatamente para quais finalidades as informações dos usuários serão utilizadas, a transparência entre o cliente e a marca será cada vez maior, contribuindo para maior credibilidade com o público-alvo. Além disso, uma das principais razões para a criação da lei foi permitir que os usuários passassem mais tempo nos sites que desejam, sem ficarem sobrecarregados com anúncios não solicitados.
Segurança aprimorada
A aprovação do GDPR afetou diretamente os padrões de privacidade e segurança dos dados e, ao mesmo tempo, incentiva indiretamente as organizações a desenvolverem e aprimorarem suas medidas de segurança cibernética, limitando riscos de qualquer possível violação de dados.
Isso acontece porque a legislação exige que as empresas identifiquem a sua estratégia de segurança e adotem medidas administrativas e técnicas adequadas para proteger os dados pessoais dos cidadãos.
Por isso, essas atividades ajudarão a organização a entender melhor o que está acontecendo em sua rede e diminuir a probabilidade de ter que pagar o que algumas empresas consideram um “imposto cibernético”.
Melhora no gerenciamento de dados
Para estar em conformidade, é necessário saber exatamente quais informações confidenciais a empresa tem sobre as pessoas. Por isso, é importante ter uma auditoria de dados e minimizar informações coletadas e mantidas, organizar melhor os armazenamentos e refinar os processos de gerenciamento de dados.
Aumento no ROI de marketing
Com a eliminação de informações irrelevantes que atrapalham o marketing de uma empresa, tais como leads perdidos ou endereços que não existem mais, o banco de dados estará mais organizado com clientes altamente relevantes.
Com essas informações em mãos, o marketing consegue adaptar com maior facilidade suas mensagens de acordo com as necessidades e hábitos específicos de um público claramente definido. Como consequência, veremos um aumento de seu Retorno sob Investimento (ROI), pois os orçamentos e esforços serão gastos de maneira inteligente.
Vendas obtém leads mais qualificados
Como os contatos precisarão optar claramente por receber suas campanhas, somente os clientes em potencial mais envolvidos provavelmente permanecerão em seus bancos de dados. Você estará comunicando apenas aos clientes e prospects mais valiosos, aqueles que realmente querem ouvir e comprar com você.
É possível vermos, portanto, que a lei traz realmente muitas mudanças para as mais variadas indústrias, certo? No entanto, as empresas que souberem se adaptar e aproveitarem a oportunidade para se renovar e ajustar processos, podem acabar se beneficiando da lei, e conseguindo uma vantagem competitiva em relação aos concorrentes.
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Fontes: Planalto.gov / Computerworld / Blog Reamp com edições Certisign
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