Boa comida, clima agradável, paisagens lindíssimas, arte e religião – para os adeptos do catolicismo, claro. Tudo isso representa uma forte atração para as pessoas que desejam trabalhar na Itália.
Os Contadores não ficam imunes a este encanto, ainda mais quando já têm uma pré-disposição para morar em outro país, por qualquer que seja o motivo. Por isso, trazemos hoje uma ideia acerca do que seria preciso fazer para morar e trabalhar com Contabilidade na Itália.
Claramente, falar Italiano não será um diferencial, mas sim uma exigência. E não vale aquele italiano “macarrônico” da novela das oito. É preciso realmente conhecer o idioma que, apesar de também ter origem no Latim, é bem diferente do Português.
Para isso, vale investir em um curso, aulas particulares, online ou mesmo contar com a ajuda de aplicativos criados para auxiliar no processo de aprendizado de outros idiomas, “capisce”?
Trabalhar na Itália é um processo que tem início ainda no Brasil. Isso porque para validar o diploma, o profissional deve levá-lo à embaixada italiana para fazer o pedido de “Declaração de Valor in Loco”.
Neste momento deve ser apresentado o diploma original – com lacre ou carimbo da universidade e o histórico original do curso, com tradução para o Italiano e apostilado.
Também é necessária a apresentação de uma declaração da universidade na qual foi cursada a graduação indicando a duração do curso em semestres; se houve ou não apresentação de Trabalho de Conclusão de Curso – TCC e a média final com os respectivos valores de referência.
Este último documento precisará ser reconhecido em cartório, mas dispensa tradução.
Já na Itália, o Contador precisará buscar uma universidade com grade curricular parecida com a cursada no Brasil. Aí então a instituição de ensino poderá fazer a equivalência do diploma.
Para atuar em um país que não é o seu de origem é preciso ter um visto de trabalho. Trata-se, claro, de uma tarefa burocrática, mas os trâmites variam de acordo com o local para o qual se deseja migrar.
No caso da Itália, há duas opções diferentes de visto de trabalho para aqueles que não são descendentes diretos de italianos: o subordinado e o autônomo. Ou seja, quem for trabalhar em uma empresa específica, como funcionário, precisa de um tipo de vista específico.
Já quem for trabalhar como profissional autônomo necessitará de outro modelo de documentação.
Para obter o visto para exercer um trabalho subordinado é preciso, antes de tudo, ter uma promessa de emprego por escrito. Este documento deverá ser apresentado no processo de solicitação do visto.
Além disso, será preciso desembolsar 116 euros pelo visto, então é bom ir prevenido.
Também é necessário apresentar outros documentos, como:
Lembre-se de levar também uma cópia do passaporte, que ficará com o órgão governamental italiano.
Já para aquele que não tem a promessa de um emprego, mas deseja utilizar seu conhecimento para obter uma renda, precisará de um visto para trabalho autônomo, que vale também para empreendedores e freelancers. Deste caso, a carta de promessa de trabalho é dispensada, claro, porém é um processo bem mais caro.
Isso porque, além dos 116 euros pelo visto, será preciso ainda apresentar mais de 4.962,36 euros, considerados como recursos para a atividade comercial a ser exercida e ainda como disponibilidade de um rendimento acima de 8.400 euros.
Também é necessário apresentar o certificado de reconhecimento sumário dos recursos necessários para a atividade comercial a ser realizada, emitido pela Câmara de Comércio relevante para a área onde a atividade será realizada.
Isso fora a foto 3×4; o passaporte válido, o comprovante de residência na Itália e a autorização da sede de polícia.
Um ponto ao qual se atentar antes de fazer as malas e mudar para a Itália é analisar o cenário socioeconômico do país, como inflação, crise, desemprego e alta da imigração.
Até porque tem crescido na Europa um sentimento anti-imigração que faz com que boa parte da população local rechace as pessoas que partiram em busca do sonho de morar em outro país. Isso por causa da crise migratória oriunda dos refugiados de países em guerra e zonas de conflitos.
Logo, para evitar situações desagradáveis, vale a pena pesquisar este ponto e até ir conhecer pessoalmente o país antes da migração em si.
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