Sair do País, seja em busca de uma melhor qualidade de vida ou de aprimoramento profissional, é o sonho de muitos brasileiros. O cenário político e econômico instável tem feito esse desejo florescer em ainda mais Contadores(as), que não sabem ao certo para onde ir, mas sentem uma urgência em mudar suas vidas. Por isso, hoje explicaremos como funciona a vida de um Contador nos Estados Unidos.
O primeiro passo a considerar é o visto. Os Estados Unidos são um dos países mais complicados de entrar para quem deseja trabalhar nele sem ter, antecipadamente, uma oferta de trabalho de uma empresa norte-americana ou brasileira com filial em solo ianque.
Uma das vantagens que mais salta aos olhos dos profissionais da Contabilidade que se imaginam morando nos EUA é a simplificação do processo tributário. Enquanto aqui o Contador basicamente trabalha para a Receita Federal, na América do Norte há um princípio de confiança entre o governo americano e as empresas. Até porque, quem for pego fraudando ou sonegando – os famosos crimes de colarinho branco – poderá ir para a prisão, uma vez que a Justiça americana é muito mais rígida com estas infrações do que a brasileira.
Algo muito importante para quem estudou tanto – e continua em processo permanente de atualização – é a remuneração pelo seu trabalho. No Brasil sabemos que a média salarial não é um sonho (exceto talvez para os auditores das big four), mas as cifras médias nos Estados Unidos são bem atraentes.
As cifras, especialmente se vistas como média de renda anual, são tentadoras. Mas não caia na tentação de converter isso para o real, porque quem ganha em dólar, também vai gastar em dólar.
O salário te interessou? Então responda à pergunta: como anda o Inglês? Não dá para chegar aos EUA sabendo apenas o verbo To Be e querer trabalhar com Contabilidade. Até porque, na maioria das vezes, para ser contratado é preciso apresentar o TOEFL, o teste de proficiência na língua inglesa mais amplamente respeitado no mundo. E acredite, não é fácil passar nesta prova. Lembra-se do seu vestibular? Provavelmente, esta avaliação é mais difícil do que foi esta fase da sua adolescência. Então o primeiríssimo passo a ser dado é: estude o Inglês, tanto falado quanto escrito.
Quem já concluiu sua graduação aqui no Brasil e tem até pós-graduação precisará validar seus diplomas ao chegar lá para conseguir a vaga. Ao menos, esta é a política de admissão da maior parte das empresas. Mas qual é o problema nisto? A principal questão é que, dependendo da faculdade onde você estudou e da legislação do estado americano no qual você pretende trabalhar, você precisará fazer matérias complementares para validar o seu diploma. Além do cansaço e demora do processo, isso ainda implicará em gastos, já que será preciso pagar a universidade que você escolher por estas disciplinas. Assim, todo este processo sairá, no mínimo, mil dólares.
Os entraves não te assustaram e a sua meta ainda é imigrar? Então fica a dica: antes de pensar em ir para nunca mais voltar, imagine fazer uma experiência. Afinal, o que vemos nos filmes não representa a realidade americana nua e crua. Isso é algo que você só conhecerá vivenciando experiências no local. Foque em algo temporário, para ter certeza de que se acostumará à cultura norte-americana.
Quem pretende trabalhar nos Estados Unidos, temporariamente, irá precisar tirar o visto H. Para isso, é preciso apresentar uma petição de trabalho (Form I-129) submetida pelo empregador americano, que precisará ser aprovada pelo Serviço de Cidadania e Imigração dos Estados Unidos (USCIS). Ou seja: antes de ir atrás do visto, é preciso conseguir o emprego. Para isso, você pode usar ferramentas como o LinkedIn para se candidatar a vagas ou mesmo enviar seu currículo diretamente para as empresas. Em ambos os casos, ter alguém dentro da organização que te indique pode ajudar – e muito – na sua contratação.
“Ok, já trabalhei nos EUA e realmente quero ficar no país”. Aí surge a necessidade de obter uma cidadania americana ou um Green Card (cartão de residência permanente nos Estados Unidos). Uma das formas de obter o famoso Green Card é por meio do trabalho: se você atua em uma empresa americana há alguns anos pode pedir o seu visto permanente. Entretanto, a aprovação do pedido não é garantida, porque este pode levar anos para ser analisado e até ser negado no final do processo. Quem for casado com um norte americano, no entanto, terá um processo de obtenção do visto mais simples e com maiores chances de aprovação.
Mesmo quem decidir que é melhor voltar para o Brasil, seja por não ter conseguido se acostumar em ficar longe da família, ou por perceber que não há lugar como o nosso País, a experiência de morar e trabalhar fora pode abrir muitas portas aqui, inclusive com salários melhores do que os de quem não teve essa vivência. Faça um bom planejamento e tenha um bom preparo para este período, mas não deixe de viver seu sonho.
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