Em tempos de crise as palavras de ordem nas empresas em geral e, principalmente, nos escritórios de Contabilidade são: manter os clientes atuais; ampliar a carteira de clientes; e reduzir custos. Para comprovar essa realidade, o Clube do Contador Certisign ouviu três representantes da Contabilidade que nos ajudaram a entender melhor esse momento difícil da economia, inclusive dando dicas de como não perder rentabilidade.
Manter clientes
O presidente do Sindicato dos Contabilistas de São Paulo – Sindcont-SP, Jair Gomes de Araújo, afirma que os empresários da área contábil devem revisar sua carteira de clientes e verificar tudo aquilo que o cliente espera dele. “O contabilista deve analisar o que foi contratado, para evitar qualquer mal entendido que possa ocasionar a saída do cliente da carteira.”
O diretor financeiro da Federação dos Contabilistas do Estado de São Paulo – Fecontesp, Ricardo Pereira Rios, declara que os escritórios devem rever os serviços prestados e orientar os clientes no sentido de enxugar custos e melhorar a lucratividade. “Devemos nos readequar para neste momento compreender e ajudar os nossos clientes”.
Pedro Fabri Filho, diretor da Flaumar Contabilidade e Consultoria, afirma que os escritórios devem oferecer aos seus clientes informações que os auxiliem na redução de custo de seus negócios. “Temos este tipo de informações em nossos sistemas, mas muitas vezes não as destacamos de forma pontual e especifica aos clientes.”
Atrair novos clientes
“O contador deve buscar e utilizar as mídias sociais, promover reuniões regulares com possíveis novos clientes, além de realizar eventos que possam atraí-los,” recomenda Jair Gomes.
“Os escritórios devem oferecer, não apenas o serviço de contabilidade rotineiro que fazem, mas também uma contabilidade gerencial, que possa ajudar seus clientes a passar por essa crise, e abrir novas oportunidades de mercado, com uma boa gestão de custos e recursos humanos,” afirma Ricardo Rios.
“Os escritórios devem mostrar suas vantagens imediatas, tais como compartilhamento de custo, maior segurança nas informações e agilidade, bem como as vantagens de longo prazo, como atualização técnica, rotatividade da equipe, etc. Além de oferecer seus serviços de forma modular, cobrando apenas aquilo que é efetivamente consumido pelo cliente,” comenta Pedro Fabri.
Redução de custos
O presidente do Sindcont-SP, afirma que para economizar os escritórios devem rever todos os gastos e cortar aqueles que não são necessários. “Além disso, devem reavaliar o consumo de água e energia, e buscar pacotes telefônicos mais em conta”.
Para o diretor financeiro da Fecontesp, Ricardo Rios, os escritórios devem reinventar os seus processos, a fim de descobrir uma maneira de efetuar a mesma tarefa com um preço mais baixo. “Isso você consegue eliminando desperdícios, conscientizando os funcionários e, de forma mais drástica, reduzindo o seu quadro de pessoal”.
O diretor da Flaumar, aconselha que os escritórios comessem os cortes pelos custos simbólicos. “Viagens, almoços, mordomias, cafezinho, e etc são necessários e importantes, mas de pouca relevância no montante total de custos de uma companhia.”
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