Apesar de fazerem parte da vida, as obrigações acessórias são como um espinho na carne: um grande incômodo que, depois de solucionado, momentaneamente, gera uma sensação de alívio quase eufórica, que dura pouco, porque em seguida surgem outras obrigações a cumprir. As obrigações acessórias geram preocupações e angústias quando o prazo se aproxima e o cliente não forneceu os dados necessários.
Quem nunca passou horas a mais no escritório por causa de uma Escrituração Contábil Fiscal – ECF ou mesmo uma declaração do Imposto de Renda da Pessoa Física – DIRPF? Mas, vamos imaginar que as obrigações acessórias sumissem repentinamente…
Qual seria o cenário para as empresas e a sociedade? Para responder esta dúvida existencial, hoje, inspirados na greve da morte proposta por José Saramago em sua obra “As intermitências da morte” ou na súbita perda da visão de “Ensaio sobre a cegueira”, trazemos uma ideia de como seria um mundo sem obrigações acessórias. Confira:
Imagine o seguinte: em uma virada de ano, todos os contadores, ainda que de modo instintivo e nada programado, fizessem o mesmo pedido: o fim das obrigações acessórias.
No dia 1º de janeiro, o site da Receita Federal e das Secretarias de Fazenda Estadual sumiria. Em meio ao caos da falta de informação, o governo não teria escolha a não ser cancelar os prazos de entregas de obrigações acessórias.
Nos 15 primeiros dias de janeiro, as capas dos jornais estampariam com suposições do que teria causado o problema e especulações sobre possíveis consequências. Ainda assim, as perspectivas não chegariam nem perto do real problema.
Em fevereiro, nenhum pagamento seria efetuado. Sem folha de pagamento, os patrões não saberiam o quanto pagar aos funcionários. Férias seriam suspensas, licenças médicas se tornariam uma incógnita.
Em março, o cenário mostraria uma sociedade cada vez mais perto do caos. E nem é por causa do Imposto de Renda, mas também em razão da falta de serviços públicos que, sem o controle de quem pagou ou não, cortariam o fornecimento de energia elétrica e água aleatoriamente.
Protestos em frente às prefeituras e sedes dos governos se tornariam rotina. Todos queriam respostas e explicações para a confusão geral.
O desemprego chegaria também aos profissionais da Contabilidade, uma vez que não haveria demanda de trabalho para a maioria deles.
A corrupção ganharia novas dimensões. Muitas empresas aproveitariam o cenário caótico para “esquecer” de pagar alguns impostos, uma vez que o governo não teria controle sobre isso.
Assim, a arrecadação cairia. Escolas fechariam porque os professores também não teriam salários.
Os bancos entrariam em colapso, impedindo que seus clientes sacassem valores investidos e até mesmo o saldo das suas próprias contas. Caos total.
A população ficaria revoltada. Milhares de pessoas iriam às ruas e o filme “The purgue” se tornaria uma realidade.
Este ensaio não é nada promissor! Porém, é algo provável, se você pensar em um país que fique subitamente sem suas obrigações acessórias.
Por mais que dê trabalho e seja um desafio mensal lidar com cada uma delas, estas informações são essenciais para garantir o funcionamento da sociedade. E agora, após se deparar com esta imagem, você está um pouco mais animado para lidar com as tarefas do seu dia a dia?
Conte-nos qual é o maior desafio de trabalhar com a Contabilidade e suas obrigações acessórias.
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