No Brasil, o segmento de franchising – franquia – continua crescendo a todo vapor, na contramão da crise econômica e financeira. Na prática, novos empreendedores se sentem confortáveis e seguros em investir em um modelo de empresa que está dando certo, e na Contabilidade, este cenário não é diferente. Na realidade, franchising é o método de clonar uma mesma concepção de negócio.
Pode ser uma loja ou uma lanchonete, uma clínica, hotel, supermercado, escola de idiomas, e, como não poderia deixar de ser, um escritório de Contabilidade.
Prova disso é a Sevilha Franquia de Contabilidade, que tem mais de 30 anos no mercado, com mais de mil clientes ativos. Sendo que atualmente está presente em quase 30 escritórios contábeis franqueados, em dez estados brasileiros.
No caso da Sevilha, cada um dos “clones” foi implantado e está sendo gerido por um terceiro, o franqueado, a quem a empresa autorizou, através de contrato, a prestação de serviços contábeis, em combinação com o uso de sua marca, métodos, políticas e padrões desenvolvidos por ela, que é a franqueadora. Segundo Vicente Sevilha, que administra a empresa, a ideia de franquear a Sevilha Contabilidade ocorreu há cerca de 20 anos, quando seu negócio crescia muito rapidamente e houve a necessidade de uma reestrutura do estabelecimento.
“Foi nesse ponto que tive de pensar em um modelo operacional mais eficaz e inteligente”, conta.
O empresário explica que no modelo de franquia da Sevilha Contabilidade, cada Contador franqueado tem sua unidade independente, com Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica – CNPJ próprio, e firma contratos com seus clientes diretamente. “Ou seja, os clientes não são da franqueadora, mas sim de cada unidade franqueada“.
O bom serviço entregue aos clientes [no prazo] bem como a consolidação da marca Sevilha no mercado contábil são os fatores primordiais que estão fazendo com que a rede de franquias não pare de crescer:
“Independentemente de o cliente estar em São Paulo, no Rio de Janeiro ou até mesmo em Palmas, no Tocantins, o atendimento e a qualidade oferecidos são os mesmos”.
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE apontam que somente 5% das franquias quebram após três anos de funcionamento.
A Associação Brasileira de Franchising – ABF avalia que, no Brasil, o sistema de franquias segue em pleno desenvolvimento, contribuindo de forma efetiva com a economia nacional. Inclusive, os números relativos a 2017 sustentam a afirmação da ABF: o faturamento aumentou 8% em comparação com 2016, chegando a R$ 163 bilhões.
O número de unidades franqueadas cresceu 2%: já são 145 mil em todo o País. Num ano de escassez de empregos, o franchising brasileiro gerou 1,2 milhão de postos de trabalho – 1% a mais que os gerados em 2016. E seguindo a comparação com os índices desse ano, apenas um foi menor em 2017: o de redes franqueadoras em atividade. Eram 3.000 e, atualmente, há 2.800 em operação.
Primeiro é importante ressaltar que o franqueado pode ser considerado um autônomo, já que é o proprietário da unidade que opera e administra, mas ele não é totalmente independente, pois deve, por princípio, observar as normas, políticas e padrões que lhe são ditados pela franqueadora.
Durante o processo de seleção de um franqueado, na avaliação da advogada Thaís Kurita, sócia da Novoa Prado Consultoria Jurídica, que há quase três décadas presta consultoria jurídica e empresarial para franqueadoras, não basta averiguar se ele cumpre com os requisitos financeiros, é capaz de trabalhar com equipes ou tem facilidade para seguir padrões, por exemplo.
“Existem questões mais sutis que podem mostrar se, apesar de preparado tecnicamente, este candidato é a pessoa certa para se tornar, efetivamente, um franqueado. Sendo assim, as franqueadoras precisam incorporar, em seus processos de seleção, ferramentas de assessment [avaliação educacional] que já são utilizadas em grandes corporações no momento em que contratam seus colaboradores. A ideia de utilizar tais ferramentas é saber se o perfil da pessoa é condizente com a missão e os propósitos da franqueadora; entender como o candidato ‘funciona’ e o que precisa para sentir-se realizado, entre outros aspectos. Com base nestes dados tão importantes, o franqueador pode avaliar, com segurança, se há sinergia entre ambas as partes”, recomenda a especialista
Thaís lembra que franchising é gestão de pessoas e que o franqueador deve ser líder e mentor. “É papel de um bom franqueador atuar em prol do desenvolvimento de seus franqueados. E, com toda certeza, é um investimento interessante e bem-vindo, uma vez que, em muitos casos, conflitos entre franqueadores e franqueados são frutos de problemas comportamentais ou relacionados à falta de transparência, ausência de diálogo ou, até mesmo, falta de alinhamento de propósitos e objetivos”.
Já na visão de Sevilha, o segmento de serviços de Contabilidade vem passando por importantes transformações, das quais vale a pena destacar:
• Elevado impacto de novas tecnologias;
• Crescimento do nível de exigências governamentais para obrigações acessórias de empresas de todos os setores e tamanhos e
• Forte tendência de consolidação do setor, com criação de redes de serviços contábeis com atendimento nacional.
“Neste sentido, pequenos, médios e mesmo grandes escritórios de Contabilidade têm e terão que enfrentar desafios cada vez maiores em cada uma das três áreas acima. Nosso modelo de franquias baseia-se no conceito de que, neste admirável mundo novo da Contabilidade, os Contadores precisam ser capazes de atingir um nível de excelência em seis áreas importantes: atendimento e entrega de valor aos clientes; gestão e melhoria contínua; Marketing envolvendo não apenas a divulgação, mas também a criação de serviços com alto valor agregado; Compliance, ou conformidade no cumprimento das legislações; ações comerciais, com up selling, cross selling, e entregas inovadoras; e automação de tarefas via algoritmos (robôs) e aumento de produtividade.”
“Nós desenvolvemos um pacote de soluções que cobre todas estas áreas e, pelo sistema de franquia, podemos transferir estas soluções para qualquer Contador que queira aderir à rede, seja ele um novo entrante no mercado, ou um escritório que já existe há muitos anos e que está com dificuldades de enfrentar este novo cenário”.
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