Inteligência artificial como mão de obra na área Jurídica. Tendência ou realidade?

Desafios do Cotidiano

A cada dia torna-se mais evidente que os robôs poderão substituir a mão de obra humana e nem mesmo os advogados estão fora desta pessimista previsão. Se considerarmos que as inteligências artificiais terão a capacidade de analisar milhares de processos por minuto e, a partir dos dados obtidos, gerar resultados mais assertivos do que um ser humano…dá para acender o farol amarelo.

Mesmo porque já existem escritórios no Brasil que estão trabalhando com esta tecnologia, sob o argumento de que a inteligência artificial ajuda nos processos repetitivos executados nas empresas, liberando o capital humano para as atividades que de fato necessitam da sua expertise.

A ideia é que, no ramo do Direito, questões que envolvem a consulta de informações, organização de dados, análises de contenciosos e ações mais burocráticas sejam realizadas por máquinas, o que aumenta a velocidade da tratativa de processos e diminui os custos legais. Se considerarmos que, atualmente, o judiciário brasileiro possui mais de 79 milhões de processos parados por excesso de demanda; enquanto os gastos com o expediente jurídico superam 84 milhões de reais por ano… o barato e mais eficiente torna-se, naturalmente, mais atraente.

“Outras rotinas que envolvem desde a revisão de contratos até o estudo de dados visando qualificar que informações são mais importantes para um caso legal já vem sendo realizadas, com sucesso, por máquinas desenvolvidas por startups em todo o mundo. Se, por um lado, este movimento é positivo uma vez que potencializa a capacidade de atuação em processos de escritórios jurídicos, deixa-nos também a questão: até onde vai este movimento e qual será a finalidade dos advogados e juízes?”, indaga o estudioso Carlos Miyahira que é sócio da Grounds e especialista no tema.

Diante de tantas especulações, uma pergunta se repete: o que será necessário para que um profissional do Direito se mantenha no mercado de trabalho nos próximos anos, se não há como concorrer com a máquina em termos de precisão e agilidade? A resposta é: com sensibilidade e especialização. Não é mais possível fingir que a quarta revolução industrial não está acontecendo e que não afetará de forma drástica o mercado de trabalho, mas há algo que nenhuma máquina consegue fazer: ser humana.

Dicas

Desta forma, trabalhar com a empatia pode ser um dos caminhos, uma vez que as sentenças ainda serão proferidas por juízes humanos. Outra possibilidade é a especialização. Tornar-se uma referência em determinado assunto, já que não haverá como superar os computadores.

Talvez, assim como nas revoluções anteriores, o caminho seja se adaptar ao novo. Em vez de agir contra o uso de máquinas, aprender a manuseá-las e, por que não, programá-las.

Ajustar as equipes, que deverão ser menores e mais qualificadas, é uma tendência a ser seguida. Enquanto as máquinas serão as responsáveis pela coleta de dados, os advogados cuidarão da análise destes dados. Então, não entre em pânico. Considere que nos próximos dias máquinas e humanos trabalharão em parceria para alcançar um objetivo maior: servir ao Direito!

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