O “Legal Design Thinking” é um dos temas do momento no mercado do Direito. Consiste na aplicação do chamado “Design Thinking” ao meio jurídico e pode trazer diversos benefícios a rotina de um Advogado, aos escritórios de advocacia e também aos departamentos jurídicos das empresas. É importante ressaltar que não se trata de uma metodologia, ou seja, não é uma fórmula matemática que pode ser definida e aplicada. Trata-se de uma abordagem que busca soluções de problemas de forma coletiva e colaborativa. Todas as pessoas envolvidas no processo são colocadas no centro do desenvolvimento do produto ou serviço e, de forma empática, procura-se chegar em soluções mais completas, criativas e inovadoras para diversas questões.
Em resumo, é preciso “Pensar como um designer” para entender como todos os públicos envolvidos se comportam e, a partir daí, adaptar as práticas da empresa a eles (e não o contrário).
Quando o Design Thinking é aplicado ao Direito, o chamamos de “Legal Design Thinking”. Esta abordagem tornou-se tendência para os Advogados que entenderam que precisam ir além dos avanços tecnológicos, procurando formas de criar mais empatia com seus diversos públicos e propor soluções inovadoras e criativas para melhorar a interação e os serviços prestados.
No entanto, é importante ressaltar que trabalhar com essa nova abordagem é um grande desafio no meio Jurídico, pois mesmo as novas gerações acabam carregando toda a formalidade, costumes e tradições da área, que vêm sendo repassadas há muitos e muitos anos pelas faculdades de Direito. Há muito receio por parte dos Advogados em fazer algo diferente e que porventura possa ir contra o código de ética da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), por exemplo. Apesar disso, pode-se afirmar que é totalmente possível usar o “Legal Design Thinking” sem desrespeitar nenhuma regra estabelecida.
É preciso ter em mente que o cenário de hoje é muito dinâmico, e que o Advogado trabalha para empresas que estão em constantes mudanças, além de serem constituídas por profissionais das mais diversas formações. Assim, algumas práticas muito comuns no Direito, como peças escritas em “juridiquês”, por exemplo, acabam ficando ultrapassadas e tornando pouco acessível o trabalho realizado pelos Advogados. Mudar esta realidade é fundamental em um mercado competitivo, repleto de escritórios de advocacia e profissionais do Direito.
O fundamento básico para a aplicação do Design Thinking acaba sendo a empatia e a colaboração. Empatia, pois, é preciso se colocar no lugar de todos os envolvidos no processo (entender as dificuldades e necessidades destas pessoas), para poder oferecer serviços e soluções que atendam suas necessidades e superem suas expectativas.
Colaboração, porque mais cabeças pensam muito mais do que uma. E diversidade de pensamento é fundamental para a criatividade. Por isso, no processo de Legal Design Thinking é importante envolver variados tipos de profissionais (inclusive o estagiário e funcionários da área administrativa, por que não?), pois é esta multiplicidade de indivíduos que pode trazer novas visões, e que farão diferença no todo.
Como foco na experiência do usuário/cliente, o processo do Design Thinking é composto por seis etapas, todas elas sempre com base na empatia e colaboração, para buscar respostas para os desafios propostos:
1) Descobrir
2) Definir
3) Idealizar
4) Prototipar
5) Testar
6) Implementar.
Muitos escritórios têm aplicado o novo conceito em materiais de comunicação, por exemplo. Ao invés de entregar para o cliente um relatório extenso e repleto de linguagem jurídica, algumas bancas têm adotado o modelo de infográfico, onde a informação fica mais resumida, visualmente atraente e facilmente compreensível. Afinal, nem sempre é um Advogado que vai analisar aquele relatório, por exemplo. Até no caso dos memoriais para magistrados (que recebem diversos todos os dias), pensar em um material mais claro e objetivo (infográficos, gráficos, hotsites, entre outros) facilita muito o dia-a-dia deste público.
Esses são apenas alguns exemplos, e que poderiam inclusive envolver também profissionais do design. Porém, o Legal Design Thinking vai muito além, e envolve processos, produtos, serviços, enfim, a atividade jurídica como um todo. Vale a pena se aprofundar no tema e procurar aplicar a abordagem no dia a dia dos Advogados.
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