Nem tudo são flores para os auditores. Recentemente, a Financial Reporting Council (FRC), órgão responsável por supervisionar o setor de Contabilidade no Reino Unido mostrou-se insatisfeito com a qualidade dos pareceres de auditoria fornecidos pelas quatro maiores empresas do ramo no mundo, conhecidas popularmente como “as big four”.
Segundo o órgão, as críticas são ocasionadas por diversos problemas, como a falta de questionamento de práticas da administração das empresas auditadas e de ceticismo quanto a algumas informações providas.
Sobre o parecer do FRC, o diretor Técnico do Instituto dos Auditores Independentes do Brasil – Ibracon, Rogério Hermamdez Garcia, argumentou que o mundo corporativo e de negócios está em constante transformação e tem se tornado cada vez mais complexo para todos os participantes de mercado, sendo este o motivo para as auditorias serem questionadas por reguladores sobre como seus profissionais se mantêm atualizados para lidar com essas mudanças, o que garantiria o alto nível de qualidade em seus trabalhos.
“As firmas de auditoria têm consistentemente investido em estruturas de controles internos para assegurar a consistência em seus trabalhos de auditoria e reduzir a possibilidade de falhas. Estes investimentos também buscam agregar ferramentas de tecnologia na aplicação de seus procedimentos, assim como, o uso cada vez mais intensivo de especialistas. Adicionalmente, a profissão tem dado passos importantes em aumentar a transparência com relação ao seu trabalho, como por exemplo, o relatório expandido de auditoria que contém informações sobre os Principais Assuntos de Auditoria (PAAs). Esse formato traz detalhes sobre temas relevantes identificados pelo auditor na execução de seu trabalho, assim como a maneira como o assunto foi tratado na auditoria”, afirmou o dirigente.
Rogério Garcia informou ainda que no Brasil, o Ibracon tem buscado fornecer suporte aos seus associados por meio de diversas iniciativas, como a promoção de atividades de Educação Profissional Continuada e reuniões dos Grupos de Trabalho (GTs) que discutem temas emergentes de auditoria e Contabilidade, com o objetivo de fornecer orientação sobre a aplicação das normas profissionais e manter a consistência da profissão em temas mais complexos.
Ainda assim, o mercado de capitais muda muito rapidamente e, na concepção de Garcia, acompanhar estas alterações na velocidade em que elas ocorrem é o principal desafio para um auditor. “É importante o auditor ficar atento ao impacto das novas tecnologias, especialmente inteligência artificial, big data e cybersecurity. A sociedade continuará a buscar uma visão independente sobre informações utilizadas para a tomada de decisões em negócios ou para a prestação de contas ao público em geral”, disse.
O Conselho Federal de Contabilidade – CFC editou em junho deste ano a norma CTA nº 12, que dispõe sobre o Relatório do Auditor Independente referente às Demonstrações Contábeis de Grupos Econômicos. Garcia explica que o Comunicado CTA 12 atualizou os modelos de relatório, para alinhamento com as normas profissionais mais atuais, emitidas pelo CFC. No entanto, neste caso, não há qualquer modificação sobre as circunstâncias em que tais relatórios precisem ser emitidos.
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