Porque a Estônia é um exemplo de país digital?

A reclamação da falta de agilidade dos serviços públicos não é uma exclusividade do Brasil, sendo que até mesmo países de Primeiro Mundo sofrem com a lentidão das repartições do gênero. No entanto, existem “países digitais”, que são verdadeiros exemplos de como atender ao cidadão com eficiência.

E em época de eleições para presidente e governador, nossos candidatos bem que poderiam se espelhar nesses governos digitais e copiar seus modelos para que a máquina pública possa servir melhor à população. E o exemplo perfeito a ser seguido é um pequeno país europeu, localizado na região do mar Báltico, próximo à Rússia e à Finlândia. Senhoras e senhores, conheçam a “e-Estônia”.

Identificação Digital na Estônia

Para começar, a identificação digital naquele país é onipresente. Isso porque quase 100% da população (quase 98%, para ser mais exato) utiliza um documento único, que conecta-se a uma plataforma chamada X-Road, que unifica as vidas off-line e online dos cidadãos. No mundo “físico”, cada habitante estoniano conta com um cartão dotado de um chip, que funciona como uma identidade única, que traz o RG, carteira de motorista, passaporte, vale-transporte e permite até mesmo descontos em estabelecimentos comerciais do país.

O mundo online da Estônia

Mas é no mundo online que a Estônia dá um banho no Brasil (e em quase todos os países do mundo) quando o assunto são serviços públicos entre eles estão declaração e pagamento de impostos, abertura de empresas, assinatura de contratos, transações bancárias, visualização de histórico médico (o que inclui obter receitas médicas) e até mesmo votar nas eleições locais.

Além disso, em um funcionamento semelhante ao de redes sociais, o usuário fica sabendo exatamente quem acessou o seu perfil e pode restringir o acesso a informações que ele considera mais sensíveis. A adoção desse nível de conectividade permite que a Estônia esteja na vanguarda de diversas tecnologias. Um bom exemplo disso é o blockchain. A famosa plataforma de transações criptografadas começou a ser utilizada pelo país em 2008. Além disso, enquanto as criptomoedas enfrentam problemas de regulamentação em diversos países, o governo local revolveu criar a sua própria, devidamente regulamentada, que leva o nome de estcoins.

e-Residency: você também pode ser um cidadão digital estoniano

Se você gostou desse mundo hiper conectado proporcionado pela Estônia, saiba que também pode fazer parte dele. Isso porque, para ampliar a quantidade de startups no país, o governo oferece aos cidadãos estrangeiros o e-Residency, um cartão que possibilita a abertura de empresas por lá, todo o seu gerenciamento funciona de forma remota e ainda oferece o acesso a mais de 1.500 serviços.

Com essa medida, o governo estoniano espera transformar o país em uma espécie de “Vale do Silício” europeu, com a meta de criar até 20 mil empresas nos próximos anos. O maior atrativo em empreender por lá é o fato de a Estônia pertencer à União Europeia, o que proporciona um ambiente de negócios com todas as nações pertencentes a ela, sem fronteiras e com custos fiscais menores. E tudo digitalmente, claro.

Abaixo, confira um vídeo para entender como ele funciona (em inglês):

E aí? Gostou deste “e-País” chamado Estônia? Quer saber mais sobre Governos Inteligentes e os Desafios da Transformação Digital no Brasil nos próximo anos? Então participe do evento SECOP 2018.

SECOP 2018

O SECOP é o mais importante evento de TIC – Tecnologia da Informação e Comunicação – para a gestão pública do Brasil. Em sua 46ª edição, é organizado pelo CIASC – Centro de Informática e Automação do Estado de Santa Catarina.

Henri Sternberg, Diretor de Negócios Corporativos da Certisign, apresentará a palestra “Gestão de Identidade no Processo de Transformação Digital” no segundo dia de evento (09/08) às 14h30. Para saber mais, acesse o site oficial.

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Fontes: UOL / Medium / Estadão / e-Residency