Caso venha a ser, de fato, obrigatória no novo documento de identidade civil do Brasil, o RIC, que levará, em tese, 10 anos para ser implantada, a certificação digital deverá ‘eliminar’ etapas, como a aquisição de leitoras, o que vai reduzir seu custo para o consumidor, aposta Julio Cosentino, vice-presidente de Relações Institucionais da Certisign. Até lá, nichos de mercado, especialmente, os profissionais são o grande alvo.
“Não tenho dúvida que o RIC será um divisor de água para a tecnologia, caso venha a ser obrigatória na nova identidade. Ela vai reformular o processo e gerar um volume necessário para que o preço caia. Na verdade, é bom frisar que o custo da certificação digital não sobe desde 2003”, diz o executivo, em entrevista ao Convergência Digital.
Cosentino rejeita a máxima que ‘a certificação digital ainda não pegou no Brasil’. Para o executivo, o volume é, de fato, bem abaixo do que se pode obter – segundo ele, cerca de 400 mil empresas usam quando há um potencial de 10 milhões, o que significa cerca de 5% do mercado – mas, já há, sim, uma massa de usuários, principalmente, por causa das exigências tributárias e fiscais.
São essas áreas, que neste momento, mobilizam os fornecedores da tecnologia, entre elas, a Certisign. A empresa mira contadores, advogados e a área de saúde -onde, segundo Cosentino, há exigências tão pesadas quando às tributárias para o armazenamento de informações. Um dos alvos é o Conselho Federal de Medicina, uma vez que há a determinação de substituir os registros em papel dos médicos por smart cards em 2011.
“Há um mundo que só funciona hoje porque há o uso da certificação digital. Posso garantir que se houvesse um problema com a tecnologia, sistemas cruciais, como o Sistema de Pagamentos Brasileiro, o SPB, bancário, pararia de funcionar, assim como, os Tribunais Virtuais”, relata.
E poderia ter mais usuário da certificação digital se houvesse um maior controle das empresas já obrigadas a emitir a Nota Fiscal Eletrônica. “Até o final do ano, praticamente todos os segmentos produtivos têm de emitir NFe, mas como não há uma penalidade efetiva para quem não adere, ainda há muitas empresas fora desse cenário. O ideal é que houvesse, agora, medidas de penalização para quem não implantasse o regime eletrônico de controle”, sinaliza.
Cosentino também contesta a tese que a certificação digital é cara no Brasil. Ele lembra que o preço da tecnologia não muda desde 2003. “Na verdade, já houve um bom impulso no preço e o volume que virá do maior uso, fará é,claro, com que o custo fique ainda menor para o usuário. É mercado”, observa.
Segundo dados da Certisign, o certificado digital, hoje, tem um preço a partir de R$ 110,00, mais os custos dos equipamentos e grau de segurança – podendo ficar em torno de R$ 330,00.
Se até bem pouco tempo, os bancos eram considerados os grandes impulsionadores da certificação digital junto ao consumidor final, agora, apesar de ainda dar para a vertical financeira um status estratégico, os fornecedores da tecnologia apostam em lojas próprias para interagir com os clientes. Certisign e Serasa – duas das principais concorrentes do mercado – adotaram essa prática. Que veio para ficar, segundo Cosentino.
“Não acredito que as lojas sejam estratégia temporária. Elas têm um papel de permitir uma interação mais próxima com o consumidor. De mostrar que a certificação digital não é complicada”, conclui. Entusiasmado com as possibilidades de negócios, o vice-presidente da Certisign acredita que 2010 e 2011 serão divisores de água no mercado. Tanto que a expectativa é de dobrar o lucro da empresa – estimado em R$ 57 milhões em 2009.
Fonte: Convergência Digital
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