Você já ouviu falar na Síndrome de Burnout?

Imagem: Certisign

O ano nem mal começou e já tem Contador aí se sentindo exausto, física ou emocionalmente, ansioso, irritado e desanimado. Geralmente, anda estressado, apresenta falta de concentração e falhas de memória… Se você está assim ou conhece algum colega que esteja com essas características, é interessante que leia esse post até o final, porque você ou esse alguém próximo pode ser mais uma vítima da Síndrome de Burnout, que vem atingindo um número cada vez maior de trabalhadores brasileiros todos os anos. E, neste universo, destaque para os profissionais da Contabilidade, que estão cada vez mais sobrecarregados em seus trabalhos.

Síndrome de Burnout

Um estudo da International Stress Management Association do Brasil – Isma-BR, com mil profissionais de São Paulo e Porto Alegre, com idades entre 25 a 60 anos, revelou que no Brasil a Síndrome de Burnout alveja 30% da população economicamente ativa.

Para agravar ainda mais a situação, dos 30% entrevistados que têm a patologia:

94% dizem se sentir inabilidosos para trabalhar;
89% praticam o presenteísmo [pessoas que estão presentes no trabalho, porém não conseguem executar as atividades],
e 47% sofrem de depressão.

Ao fazer um comparativo do desempenho profissional de um portador da síndrome de burnout com um trabalhador sem a síndrome, o resultado é que a pessoa acometida pelo burnout trabalha, em média, cinco horas a menos do que a outra pessoa. Então, mãos à obra para acabar com esse problema e adquirir maior produtividade.

Adventos tecnológicos

Para situar a Síndrome de Burnout no cenário contábil hoje, vamos voltar um pouco ao passado: há exatamente quinze anos, a jornada de trabalho do Contador costumava terminar no fim do expediente.

Com o Sistema Público de Escrituração Digital – Sped, e a popularização dos smartphones e dispositivos de trocas de mensagens, esta conjuntura mudou absolutamente e está cada vez mais difícil se desligar das tarefas profissionais, dos compromissos com clientes, das obrigações acessórias e outros.

Só que, a simples leitura de um e-mail durante o jantar em família ou a revisão do balanço patrimonial no fim de semana dificulta o equilíbrio físico, emocional e mental, o que, ao longo do tempo, contribui sobremaneira para o sentimento de desagrado profissional.

Quando esse sentimento se exacerba a ponto de afetar a qualidade de vida, pronto: a pessoa já é portadora da Síndrome de Burnout.

O que é a Síndrome de Burnout

O termo “Síndrome de Burnout” foi denominado pelo psicanalista nova-iorquino Herbert J. Freudenberger na década de 70, após diagnosticá-la em si mesmo. Segundo ele, a síndrome ocorre principalmente por razões externas, como um ambiente de trabalho sobrecarregado, que oportuniza um estresse emotivo acentuado.

Por vezes a pessoa acometida pela Síndrome ocupa seu dia com afazeres laborais, tendo pouco tempo livre para atividades prazerosas.

Sintomas da Síndrome de Burnout?

Quando não tratada, a Síndrome de Burnout suscita mais indícios psicológicos negativos como: irritabilidade, mudanças bruscas de humor, agressividade, lapsos de memória, ansiedade, depressão e isolamento social. Já os sintomas físicos podem acarretar sudorese intensa, pressão arterial alterada, distúrbios gastrointestinais, palpitações e dores musculares.

O tratamento da Síndrome de Burnout

O Contador que tem esses sintomas deve procurar um psicólogo ou psiquiatra. O tratamento da Síndrome de Burnout pode ser feito com o uso de medicamentos, atividade física, alimentação saudável e, principalmente, momentos de lazer e relaxamento.

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Está esperando o quê?

Se tratando de estresse e Síndrome de Burnout, todo cuidado é pouco. Como diria o primeiro intelectual a oferecer um curso de psicologia nos Estados Unidos, o filósofo William James (1842 – 1910), “a maior arma contra o estresse é nossa habilidade de escolher um pensamento ao invés de outro”.

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